Filho de Yemanjá e Oxalá, é o deus da caça e vive nas florestas, onde moram os espíritos dos antepassados. Na África era a principal divindade de Ilobu, onde era conhecido pelo nome de Yrinlé ou Inlé, um valente caçador de elefantes. Conduziu seu povo de Ilobu à guerra e ensinou-os a arte de guerrear, permanecendo até hoje nesta cidade.
Oxóssi é o único Orixá que entra na mata da morte, joga sobre si uns pós-sagrados, avermelhados, chamados Arolé, que passou a ser um de seus dotes. Este pó o torna imune à morte e aos Eguns. Sendo ele um rei, carrega o Eyruquere (espanta moscas) que só era usado pelos reis africanos, pendurado no saiote.
YBUALAMO: É velho e caçador. Come nas águas mais profundas. Conta um mito que Ybualamo é o verdadeiro pai de Logun Edé. Apaixonado por Oxum e vendo-a no fundo do rio, ele atirou-se nas águas mais profundas em busca do seu amor. Sua vestimenta é azul celeste, como suas contas. Come com Omolu Azoani. Usa um capacete feito de palha da costa e um saiote de palha.
INLÉ: É o filho querido de Oxanguian e Yemanjá. Veste-se de branco em homenagem a seu pai. Usa chapéu com plumas brancas e azuis. É tão amado que Oxanguian usa em suas contas um azul claro de seu filho. Come com seu pai e sua mãe (todos os bichos) e tem fundamento com Ogunjá.
DANA DANA: Tem fundamento com Exú, Ossanha, Oxumaré e Oyá. É ele o Orixá que entra na mata da morte e sai sem temer Egun nem própria morte. Veste azul claro.
AKUERERAN: Tem fundamento com Oxumaré e Ossanha. Muitas de suas comidas são oferecidas cruas. Ele é o dono da fartura. Ele mora nas profundezas das matas. Veste-se de azul claro e tiras vermelhas. Suas contas são azul claro. Seus bichos são: pavão, papagaio e arara, tiram-se as penas e solta-se o bicho.
OTYN: Guerreiro e muito parecido com seu irmão Ogum, vive na companhia dele, caçando e lutando. É muito manhoso e não tem caráter fácil. Muito valente está sempre pronto a sacar sua arma quando provocado. Não leva desaforos e castiga seus filhos quando desobedecido. Usa azul claro e o vermelho, conta azul, leva capangas, roupas de couro de leopardo e bode. É necessário que oferende a Ogum.
MUTALAMBO: Tem fundamento com Exú.
GONGOBILA: É um Oxóssi jovem. Tem fundamento com Oxalá e Oxum.
KOIFÉ: Não se faz no Brasil e na África, pois, muitos de seus fundamentos estão extintos. Seus eleitos ficam um ano recolhidos, tomando todos os dias o banho das folhas. Veste vermelho, leva na mão uma espada e uma lança. Come com Ossanha e vive muito escondido dentro das matas, sozinho. Suas contas são azul claras, usa capangas e braceletes. Usa um capacete que lhe cobre todo o rosto. Assenta-se Koifé e faz-se Ybo, Ynlé ou Oxum Karé; trinta dias após, faz-se toda a matança.
AROLÉ: Propicia a caça abundante. É invocado no Padé. É um dos mais belos tipos de Oxóssi. Um verdadeiro rei de Ketu. Jovem e romântico, gosta de namorar, vive mirando-se nas águas, apreciando sua beleza. Come com Ogum e Oxum. Veste azul claro, aprecia a carne de veado e é ágil na arte de caçar.
KARE: É ligado às águas e à Oxum, porém os dois não se dão bem, pois exercem as mesmas forças e funções. Come com Oxum e Oxalá. Usa azul e um Banté dourado. Gosta de pentear-se, de perfume e de acarajé. Bom caçador mora sempre perto das fontes.
WAWA: Vem da origem dos Orixás caçadores. Veste-se de azul e branco, usa arco e flecha e os chifres do touro selvagem. Come com Oxalá e Xangô, dizem que ele fez sua morada debaixo da gameleira. Está extinto, assenta-se ele e faz-se Airá ou Oxum Karé.
WALÈ: É velho e usa contas azuis escuro. É considerado rei na África, pois seu culto é ligado diretamente à pantera. É muito severo, austero, solteirão e não gosta das mulheres, pois acha-as chatas, falantes demais, vaidosas e fracas. Come com Exú e Ogum.
OSEEWE ou YGBO: É o senhor da floresta, ligado às folhas e a Ossanha, com quem vive nas matas. Veste azul claro e usa capacete quase tapando o seu rosto.
OFÀ: Não é qualidade, significa, “o arco e a flecha do caçador, sendo de Oxóssi o seu principal apetrecho”.
TÁFÀ-TÁFÀ: O caçador arqueiro, aquele que exímio atirador de flechas, é predicado que se diz de Òsóòsì.
ERINLÉ: É também um outro Oxóssi, que, a exemplo de Inlè, cujo culto também caiu na obscuridade , acabou por tornar-se “qualidade de Oxóssi”.
TOKUERÁN: O caçador, é quem mata a caça.
OTOKÁN SÓSÓ: Embora muitas vezes seja citado como uma qualidade, não é qualidade, é um Oríkì que significa o caçador que só tem uma flecha . Ele não precisa de mais nenhuma flecha porque jamais erra o alvo. Título que Oxóssi recebeu ao matar o pássaro de Ìyámi Eléye. Não fazendo parte do rol dos caçadores que possuíam várias flechas, Oxóssi era aquele que só tinha uma flecha. Os demais erraram o alvo tantas vezes quantas flechas possuíam, mas, Oxóssi com apenas uma flecha foi o único que acertou o pássaro de Ìyámi, ferindo-o com um tiro certeiro no peito. Por essa razão é que ele não recebe mel, pois o mel é um dos elementos fabricado pelas abelhas, que são tidas como animais pertencentes a Oxum, mas, também às Ìyámi Eléye. Então, é èèwò (proibição) para Oxóssi. Por essa razão também, é que se dá para Oxóssi o peito inteiro das aves, como reminiscência desse ìtàn.
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