domingo, 5 de agosto de 2012

Xangô - O Justiceiro

Este Orixá reinou em Oyó durante sete anos, onde destronou seu irmão Dadá-Ajaká. Xangô é o deus do raio e do trovão, e tem o poder de cuspir fogo; graças a um talismã que mandara Iansã buscar no território bariba. Por isso, no decorrer de algumas festas, quando Xangô se manifesta, aparece frente à assistência, trazendo sobre a cabeça um "ajerê" contendo fogo e começa a engolir, como na África, mechas de algodão em chamas. 
Diz uma de suas lendas, que Xangô e seus homens enfrentavam um inimigo terrível. Seus guerreiros capturados eram devolvidos aos pedaços. Xangô estava desesperado e pediu ajuda a Orunmilá. Xangô subiu no alto de uma pedreira e enfurecido batia nas pedras com seu machado, arrancando faíscas que se transformavam em línguas de fogo que caíam sobre os inimigos, transformando a guerra perdida em vitória. 
Os inimigos capturados foram poupados por Xangô, este julgamento foi admirado e cantado por todos, transformando Xangô no Orixá da justiça.

Camasi Guimarães.

Ogum

Este Orixá é provavelmente o deus Iorubá mais respeitado e temido. Extraiu das entranhas da Terra o ferro e com ele fabricou as armas, tornando-se o mais poderoso dos guerreiros. Conta uma de suas lendas que depois de muitos anos ausente, Ogum chegou em Irê, durante uma celebração, na qual as pessoas deveriam se conservar em silêncio absoluto. Como ninguém o havia saudado ou respondido suas perguntas, Ogum enfurecido, passou a despejar sua ira contra as pessoas e objetos que encontrava ao seu redor. Depois de muita destruição, seu filho apareceu e lhe esclareceu o fato.
Arrependido, Ogum lamentou seus atos de violência e declarou que já vivera bastante. Abriu um buraco com a ponta de seu sabre e desapareceu terra a dentro. Antes de desaparecer, entretanto, ele pronunciou algumas palavras. A essas palavras, ditas durante uma batalha, Ogum aparece imediatamente em socorro daquele que o evocou.

Camasi Guimarães.