Xangô era um conquistador de terras e de mulheres, vivia sempre de um lugar para o outro. Em Kossô fez-se rei e casou-se com Obá. Ela passava o dia cuidando da casa de Xangô, moía a pimenta, cozinhava e deixava tudo limpo.
Certa vez Xangô viu Oyá lavando roupa na beira do rio e encantou-se. Casou-se mais uma vez.
Conheceu então Oxum, que foi a terceira mulher. As três viviam às turras pelo amor do rei, para deixar Xangô feliz, Obá presenteou-lhe com um cavalo branco, Xangô gostou muito do cavalo. Tempos depois ele saiu para guerrear levando Oyá com ele, seis meses se passaram e Xangô continuava longe, Obá estava desesperada e foi consultar Oromilaia, que aconselhou-a a oferecer em sacrifício um iruquerê, feito com rabo de um cavalo e mandou pôr o iruquerê no teto da casa.
Para fazer a oferta prescrita pelo oráculo, Obá encomendou a Eleguá um rabo de cavalo, e Eleguá induzido por Oxum, mais que depressa cortou o rabo do cavalo branco de Xangô, mas não cortou somente os pêlos e sim a cauda toda e o cavalo sangrou até morrer.
Quando Xangô voltou da guerra, procurou o cavalo e não encontrou, deparou então com o iruquerê amarrado no teto da casa e reconheceu o rabo do cavalo desaparecido, soube pelas outras mulheres da oferenda feita pela primeira esposa.
Xangô ficou irado e mais uma vez repudiou Obá.
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