domingo, 1 de maio de 2011

Ogum no Candomblé

Ogum Meje: É o mais velho de todos, a raiz dos outros, Ogum completo, solteirão e rabujento. É o aspecto do orixá que lembra a sua realização em conquistar a sétima aldeia que se chamava Ire (Meje Ire) deixando em seu lugar seu filho, Adahunsi.
 
Ogum Je Ajá ou Ogunjá:
Um de seus nomes em razão de sua preferência em receber cães como oferendas, um dos seus mitos liga-o a Oxanguiã e Yemanjá quanto a sua origem e como ele ajudou Oxalá em seu reino fazendo ambos um trato. É um Ogum combativo. Tem temperamento rabugento, solitário, veste-se de verde escuro e usa contas verdes. Dizem que acompanha Yemanjá Ogunté.

Ogum Ajàká: É o “verdadeiro Ogum guerreiro”, sanguinário, que em princípio se veste de vermelho. Teria sido rei de Òyó e irmão de Xangô. Ajàká é um tipo particularmente agressivo de Ogum, um militar acostumado a dar ordens e a ser obedecido, seco e voluntarioso, irascível e prepotente.

Ogum Xoroke ou Ogum Soroke: Apenas um apelido que Ogum ganhou devido à sua condição extrovertida; soro = falar, ke= mais alto. Usa contas de um azul escuro que se aproxima do roxo. Xoroke é um Ogum que algumas pessoas tendem a confundir com Exú, agitado, instável, suscetível e manhoso.
Ogum Meme: Veste-se igualmente de verde e usa contas verdes, como Ogunjá, mas de uma tonalidade diferente. 

Ogum Wori: É um Ogum perigoso, dado à feitiçaria e ligado aos antepassados. Tem temperamento difícil, suscetível, autoritário e de espírito dogmático.
Ogum Lebede (Alagbede): É o Ogum dos ferreiros, marido de Yemanjá Ogunté e pai de Ogum Akoro. Representam um tipo mais velho de Ogum, trabalhadores conscienciosos, severos, que “não brincam em serviço”, cientes de seus deveres tanto quanto de seus direitos, exigente e rabujento.
Ogum Akoró: É o irmão de Oxóssi, ligado à floresta, qualidade benéfica de Ogum invocada no pàdé. Filho de Ogunté, Akoró é um tipo de Ogum jovem e dinâmico, entusiasta, era empreendedor, cheio de iniciativa, protetor, seguro, amigo fiel e muito ligado à mãe.
Ogum Oniré: É o título de Ogum filho de Oniré, quando passou a reinar em Ire, Oni = senhor, Ire = aldeia., o dono de Iré, primeiro filho de Odúduwà. Oniré é um Ogum antigo que desapareceu debaixo da terra. Usa também contas verdes. Guerreiro impulsivo é o cortador de cabeças, ligado à morte e aos antepassados; orgulhoso, muito impaciente, arrebatado, não pensa antes de agir, mas acalma-se rapidamente.
Ogum Olode: Epíteto do Orixá destacando a sua condição de chefe dos caçadores, originário de Ketu. Não come galo por ser um animal doméstico. Amigo do mato, dos animais, conhecedor dos caminhos, e é um guia seguro. Seu temperamento solitário assemelha-se ao de Oxóssi.

Ogum Popo:
Seria o nome de Ogum quando foi à terra dos Jeje, é um tipo fanático.

Ogum Waris:
Nessa condição o Orixá apresenta-se muitas vezes com forças destrutivas e violentas. Segundo os antigos a louvação patakori não lhe cabe, ao invés de agradá-lo, ele aborrece-se. Um dos seus mitos narra que ele ficou momentaneamente cego.
Ogum Masa: Um dos nomes bastante comuns do Orixá, segundo os antigos é um aspecto benéfico quando assim se apresenta.

Há vários nomes de Ogum fazendo alusão a cidades onde houve o seu culto, como Ogum Ondo da cidade de Ondo, Ekiti onde também há seu culto etc. O Orixá possui vários nomes na África, assim como no Brasil e com isso ganha as suas particularidades e costumes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário