As mulheres que desejam ter filhos dirigem-se à Oxum, pois ela controla a fecundidade, graças aos laços mantidos com Ìyámi-Ajé (Minha Mãe Feiticeira). Sobre este assunto uma lenda conta que quando os Orixás chegaram à Terra, organizaram reuniões, nas quais as mulheres não eram admitidas. Oxum ficou aborrecida por ser posta de lado e não poder participar de todas as deliberações. Para se vingar, tornou as mulheres estéreis e impediu que as atividades desenvolvidas pelos deuses chegassem a resultados favoráveis. Até mesmo a agricultura foi prejudicada, pois o solo se tornara infértil. Desesperados, os Orixás dirigiram-se a Olodumaré e explicaram-lhe que as coisas iam mal sobre a Terra, apesar das decisões que tomavam nas assembléias. Olodumaré perguntou se Oxum participava das reuniões e os Orixás responderam que não. Olodumaré explicou-lhes então que, sem a presença de Oxum e de seu poder sobre a fecundidade, nenhum de seus empreendimentos poderia dar certo. De volta a terra, os Orixás convidaram Oxum para participar de seus trabalhos, o que acabou por aceitar depois de muito lhe insistirem. Em seguida, as mulheres tornaram-se fecundas, o solo fértil e todos os projetos obtiveram felizes resultados".
Oxum recebe o título de Iyá Lodê, que era o título máximo que uma Yabá poderia receber. Esta reza de Oxum retrata exatamente esta passagem que foi narrada acima:
CONI CONI CHIRE LODÊ
BABAIORO ORIXÁ OIEIEU BABAIORO
CONI CONI CHIRE LODÊ
BABAIORO ORIXÁ OIEIEU BABAIORO
BABAIORO ORIXÁ OIEIEU BABAIORO
CONI CONI CHIRE LODÊ
BABAIORO ORIXÁ OIEIEU BABAIORO
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