Um dia Obaluaiyê saiu com seus guerreiros, ia em direcção à terra dos mahis, no Daomé. Obaluaiyê era conhecido como um guerreiro sanguinário, atingindo a todos com as pestes, quando estes se opunham a seus desejos.
Os habitantes do lugar, quando souberam de sua chegada, foram em busca de ajuda de um adivinho, ele recomendou que fizessem oferendas, com muita pipoca, inhame pilado, dendê e todas as comidas de que o guerreiro gostasse, pipocas acalmam Obaluaiyê, disse que seria aconselhável que todos se prostrassem diante dele, assim o fizeram.
“Totô hum! Totô hum! Atotô! Atotô!”
“Respeito! Silêncio!”
“Respeito! Silêncio!”
Obaluaiyê, satisfeito com a sujeição daquele povo, os poupou declarou que a partir daquele dia viveria naquele reino, assim o fez e em pouco tempo o país tornou-se próspero e rico.
Obaluaiyê recebeu nas terras mahis o nome de Sapatá, mesmo assim era preferível chamá-lo de Ainon, Senhor das Terras, ou Jeholu, Senhor das pérolas.
Esses diferentes nomes foram adotados por famílias importantes, mas infelizmente provocaram desentendimentos entre elas e os reis do Daomé. Muitas vezes as famílias de Sapatá foram expulsas do reino e, em represália, muitos reis daomeanos morreram de varíola.
Tanta discórdia provocou seu nome, que hoje ninguém sabe mais qual o melhor nome para se chamar Obaluaiyê.
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