A palavra Ìgbàlè significa pequena mata, lugar sagrado; tem a conotação de “A Floresta Sagrada dos Egúnguns” ou “O Bosque Sagrado dos Ancestrais”. O mito relata que em épocas muito remotas, havia na cidade do Oyó um fazendeiro chamado Alapini, que tinha três filhos, Ojéwuni, Ojésamni e Ojérinlo. Um dia Alapini foi viajar e recomendou os filhos para que colhessem os inhames e os armazenassem, mas que não comessem um tipo especial de inhame chamado ihobia, pois ele causava uma terrível sede. Seus filhos ignoraram o aviso e o comeram em demasia. Depois, beberam muita água e, um a um, acabaram todos morrendo.
Quando Alapini retornou, encontrou a desgraça em sua casa. Desesperado, correu ao Babalawo, que consultou o oráculo de Ifá. O sacerdote aconselhou que, após o l7º dia fosse ao ribeirão do bosque e executasse o ritual que foi prescrito no jogo. Ele deveria escolher um galho da árvore sagrada atori e fazer um “bastão de invocação”, do qual deveria ser denominado de isan. Na margem do ribeirão, deveria bater com o bastão na terra e chamar pelos nomes dos seus filhos, que na terceira vez eles apareceriam. Mas ele também não poderia esquecer de antes fazer alguns sacrifícios e oferendas.
Assim ele fez e seus filhos apareceram. Mas eles tinham rostos e corpos estranhos, era então preciso cobri-los para que as pessoas pudessem vê-los sem assustarem-se. Pediu a seus filhos que permanecessem na floresta e voltou à cidade. Contou o fato ao povo, e as pessoas fizeram roupas para ele vestir seus filhos.
Deste dia em diante ele poderia ver e mostrar os filhos às outras pessoas, as belas roupas que eles ganharam escondiam perfeitamente suas condições de mortos. Alapini e seus filhos fizeram um pacto: em um buraco feito na terra pelo seu pai, deveria ser “acomodado” os fundamentos do culto e denominado de ojúbo (altar), no mesmo local do primeiro encontro, ou seja, no Igbó Ìgbàlè, ali seriam feitas as oferendas e os sacrifícios e onde as roupas deveriam ser guardadas, para que eles as vestissem quando o pai os chamasse através do ritual do bastão.
Seguindo o pacto e as instruções do Babalawo, de que sempre que os filhos morressem fosse realizado o ritual após o l7º dia, pai e filhos para sempre se encontraram. E, para os filhos que ainda não tiverem roupas, é só pedir às pessoas que elas farão com imenso prazer.
Assim sendo, poderíamos interpretar Oyá Ìgbàlè como “A Senhora da Floresta Sagrada dos Ancestrais”. Se um dos atributos de Oyá em sua pura essência é o “Espírito do Vento”, neste caminho ela é denominada de “O Vento da Morte”, “A Regente do Vento Invisível dos Egúngun”. Oyá Ìgbàlè é a divindade à qual Olodumaré outorgou o direito de controlar os espíritos dos seres humanos quando desencarnados. Ela tem que assegurar que nosso espírito, de uma forma ou de outra, não seja prejudicado nesta “transição” tão delicada. Esta transição esta sub dividida em 9 etapas: leito de morte, velório, caminho do cemitério, porta do cemitério, caminho da sepultura, sepultura, ritos fúnebres, despacho do carrego e o caminho para o além; e caso este espírito tenha que regressar ao mundo dos vivos, para solucionarmos alguma pendência, novamente deverá ser acompanhado por Oyá Ìgbàlè. Há quem diga que o conhecido Déjà Vu pertence a esta entidade.
Assim sendo, poderíamos interpretar Oyá Ìgbàlè como “A Senhora da Floresta Sagrada dos Ancestrais”. Se um dos atributos de Oyá em sua pura essência é o “Espírito do Vento”, neste caminho ela é denominada de “O Vento da Morte”, “A Regente do Vento Invisível dos Egúngun”. Oyá Ìgbàlè é a divindade à qual Olodumaré outorgou o direito de controlar os espíritos dos seres humanos quando desencarnados. Ela tem que assegurar que nosso espírito, de uma forma ou de outra, não seja prejudicado nesta “transição” tão delicada. Esta transição esta sub dividida em 9 etapas: leito de morte, velório, caminho do cemitério, porta do cemitério, caminho da sepultura, sepultura, ritos fúnebres, despacho do carrego e o caminho para o além; e caso este espírito tenha que regressar ao mundo dos vivos, para solucionarmos alguma pendência, novamente deverá ser acompanhado por Oyá Ìgbàlè. Há quem diga que o conhecido Déjà Vu pertence a esta entidade.
Oduleke foi o primeiro caçador a receber os ritos do Asese, celebrado por Oyá Ìgbàlè. Até então este rito era somente destinado aos caçadores, para somente depois ser designado a todos os iniciados e consagrados ao Culto do Orixá e Egun.
Uma de suas principais características é a lealdade com seus seguidores. Quando Oyá Ìgbàlè acompanha seus protegidos em uma batalha, invoca seu poderoso exército de Egúngun liderado por um dos mais temíveis Ancestrais, Baba Ajimuda. Os mitos relatam que nesta batalha Oyá Ìgbàlè cobre o rosto com uma mascara para ocultar a face da destruição. Na diáspora, esta máscara foi substituída pela pintura de efun, que cobre por completo o rosto de Oyá, dizem que ninguém deve dirigir o olhar diretamente à ela, mesmo que esta cerimônia seja realizada no escuro.
No Novo Mundo Oyá Ìgbàlè passa a morar no Ylê Awo, (A casa do Segredo), mais especificamente no Ylê Sanyin ou popularmente conhecido com Lesanyin, quando cultuada no Lese Egún e no Ylê Ibo Aku quando cultuada em Lese Orixá. Sua representação material e seus atributos diferem de um lugar para o outro, porém seu maior segredo se mantém em ambos os cultos. Entre tantos outros, o que mais diferencia seus assentamentos, são a presença de uma ossada retirada do corpo de um animal, que deverá ser preparada e consagrada para determinadas funções.
Oyá é evocada para proteção contra ataques de perversos ou Iku Egun, para atrair amores, fertilidade na esterilidade, saúde das trompas, vendas de todos os tipos, melhorias no comércio, movimento de comércios, atrair clientes, tomar iniciativas, limpeza espiritual e para varrer os espíritos perversos.
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