Conta umas das lendas de Iansã, a primeira esposa de Xangô, que ela teria ido, a pedido de seu marido, a um reino vizinho buscar três cabaças que estava com Xapanã. Ela foi alertada de que não deveria abrir estas cabaças, e de que precisava devolvê-las a Xangô. Iansã foi e lá Xapanã recomendou mais uma vez que não deixasse as cabaças caírem e quebrarem e, se isto acontecesse, que ela não olhasse e fosse embora. Iansã ia muito apressada e não aguentava mais segurar a curiosidade. Um pouco mais à frente quebrou a primeira cabaça, desrespeitando a vontade de Xapanã. Saíram de dentro da cabaça os ventos que a levou aos céus. Quando terminaram os ventos, Iansã voltou e quebrou a segunda cabaça. Da segunda cabaça saíram os Eguns. Ela se assustou e gritou: Reiiii! Na vez da terceira cabaça Xangô chegou e pegou para si, que era a cabaça do fogo e dos raios.
Ela tinha um temperamento ardente e impetuoso. Foi a única entre as mulheres de Xangô que, no fim de seu reinado, o seguiu em sua fuga para Tapá. Quando ele recolheu-se para baixo da terra em Kossô, ela fez o mesmo em Yiá.
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