Iansã tinha um pai adotivo e vivia com ele na mata. Ele era o maior de todos os caçadores. Um dia, morreu e deixou Oyá muito triste.
Ela decidiu que queria fazer uma homenagem para o pai.
Embrulhou seus pertences de caça num pano, preparou suas iguarias favoritas.
E dançou e cantou por sete dias, espalhando seu vento por toda parte e fazendo vir todos os caçadores da terra.
Na sétima noite, embrenhou-se na mata e depositou ao pé de uma árvore sagrada os pertences de seu pai.
Olorum, que sempre vê tudo, ficou comovido.
Fez da jovem Iansã guia dos mortos no caminho sagrado, Orum Aiê e Mãe dos espaços dos espíritos.
Fez de seu pai, Odulecê, um Orixá.
E do gesto de Oyá, o ritual ao qual todos os mortos tem direito: comidas, cantos, danças e um espaço sagrado.
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