O texto que transcreverei a seguir foi escrito por Claudia Baibich e logo após farei algumas considerações finais.
"Médiuns de incorporações não desenvolvidos ou recentes no
exercício de suas funções mediúnicas algumas vezes confundem a personalidade da
entidade à qual servem, com a sua própria.
Quando incorporados, é normal que haja uma influência mútua,
pois a entidade usa os recursos que o médium oferece para poder se manifestar.
Esses recursos disponibilizados pelo médium à entidade são a somatória de seus
conhecimentos, habilidades, crenças, gostos, moral, formação, educação etc.
E a influência da personalidade da entidade, também com seus
conhecimentos, habilidades, experiências, gostos, temperamento e grau de
evolução moral e espiritual.
Uma entidade responsável jamais irá influenciar o médium em
sua vida pessoal, à ponto de aliená-lo de si mesmo, privando-o de seu poder de
decisão e de expressão. Se isso estiver ocorrendo, a entidade em questão não é
uma pomba gira guardiã. Pomba Giras nunca agem dessa forma leviana. A entidade
à qual você serve, pode não gostar de seu marido, por motivos que provavelmente
são justificáveis, mas jamais irá obrigá-la a deixá-lo ou traí-lo com outros
homens. Isso não existe. Não ocorre em hipótese alguma.
Então se você quer justificar para si mesmo ou para os
outros seus desejos e atitudes usando uma entidade tão nobre quanto as pomba giras
de lei, das duas uma, ou você de fato está sendo manipulado por entidades
levianas e se deixando dominar, ou você não tem o conhecimento necessário sobre
si mesmo para poder avaliar quem de fato você é e o que quer realmente.
Procure fazer uma reflexão sobre o que verdadeiramente está
ocorrendo. Quais são os seus projetos? Quais são seus medos? Está satisfeito
com sua vida amorosa, familiar ou profissional? Reavalie seus pontos fracos,
como lida com a raiva, com a inveja, com a frustração, com a traição, com o
desejo sexual etc.
Irá descobrir que muitas das influências atribuídas à sua
pomba gira são inerentes à você mesmo. Analise ainda suas preferências,
gostos, que importância dá à sua imagem pessoal, se você é muito vaidosa e
extravagante. Se não é você que faz questão de jóias, adornos e chamar a
atenção das pessoas, por insegurança ou carências que na realidade são suas.
Você pode ser uma pessoa exuberante e brincalhona e no
entanto trabalhar com uma entidade extremamente séria, nem por isso a entidade
irá exigir que você abra mão do seu modo de se expressar e assuma a
personalidade rígida dela.
O que a Pomba Gira pode e deve fazer é aconselhá-lo,
encorajá-lo e ajudá-lo a fazer as mudanças necessárias em sua vida. Essas
mudanças quando necessárias, devem ser planejadas através de um criterioso
exame sobre si mesmo, as pessoas ao nosso redor e todas as consequências que
acarretarão.
Assuma sua vida, conheça a si mesmo, conheça e respeite a
entidade com a qual trabalha e seja feliz. Jamais transfira para as pomba giras
a responsabilidade por suas atitudes".
Considerações Finais:
Cabe aqui diversas situações que infelizmente estamos habituados a ver em curimbas, como exus que beijam outros exus ou até mesmo pessoas da assistência na boca, exus que fazem sexo ou ao menos tentam persuadir as pessoas a isso, entidades que consomem drogas... enfim, uma entidade jamais teria liberdade para cometer tais atos, uma vez que devem vir à Terra para trabalhar e ajudar o próximo em seus anseios e aspirações.
Sua entidade não teria interesse algum em denegrir sua imagem, em lhe expor ao ridículo, não tem o direito de lhe ferir física ou moralmente, até porque sabem que sairiam das situações desacreditadas.
Como subjugar ou ferir a matéria que está lhe servindo como um instrumento de trabalho? Se você conhece entidades como as supra citadas, que gostam se sensualizar na hora da gira, que utilizam de drogas ilícitas, expõem ou ferem o médium seja da forma que for, desconfie... ou você está diante de alguém que está apenas mistificando ou diante de um espírito zombeteiro, sem preparo ou interesse algum em ajudar em sua jornada, pois ainda não atingiu o grau evolutivo necessário para isso.